tag:blogger.com,1999:blog-15429655596055452732024-02-24T17:46:04.137-03:00Missão de Porta em PortaPregando o Evangelho de Jesus Cristo Nesta Geraçãomissaodeportaemportahttp://www.blogger.com/profile/10519191062987417924noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-1542965559605545273.post-24020106104735932202023-06-29T12:30:00.003-03:002023-06-29T12:30:43.099-03:00 CARTILHA DO DISCIPULADO<p> CARTILHA DO DISCIPULADO</p><p>Colégio Episcopal</p><p>Câmara do Discipulado</p><p>2</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A Igreja Metodista no Brasil tem priorizado para o novo período eclesiástico a implantação</p><p>do Programa do Discipulado em todas as suas igrejas. Essa implantação será feita dentro</p><p>do contexto do Programa “Dons e Ministério”. É no contexto do Plano Vida e Missão e</p><p>sob a forma de ser Igreja a nos moldes de Dons e Ministério que surge o Discipulado.</p><p>Antes de ser um método, o Discipulado é uma “maneira de ser”, um “estilo de vida” à luz</p><p>do Evangelho.</p><p>Em meados da década 80 houve um empenho em estabelecer o Discipulado no contexto da</p><p>Igreja Metodista. Devido a uma série de circunstâncias esse objetivo deixou de ser algo</p><p>estrutural e estrategicamente implantado. Mesmo assim, sob a inspiração de vários</p><p>,movimentos, em especial orientado e difundido pela SEPAL – Serviço de Evangelização</p><p>para a América Latina, vários pastores (as) e igrejas passaram a usar a maneira de ser do</p><p>Discipulado no seu ministério e em sua igrejas locais.</p><p>Com o decorrer dos anos o evangelismo brasileiro passou a estar sob inspiração de vários</p><p>movimentos cuja fundamentação encontrava-se fincada no Discipulado. Sob o impacto de</p><p>experiências tidas em outros países livros foram traduzidos e escritos visando ajudar a</p><p>Igreja a refletir e assimilar essa maneira de ser. Surge, então, as igrejas nos lares, os grupos</p><p>familiares, as células e uma diversidade de modo de ser semelhantes . Constatou-se que no</p><p>contexto da Igreja Metodista havia um significativo espaço que poderia ser ocupado por</p><p>algo que, no seu princípio era parte da história e da natureza do movimento Wesleyano.</p><p>Programas ligados a Grupos de Pacto, Renovação da Aliança foram idealizados e</p><p>implantados em alguns países, em especial nos Estados Unidos junto da Igreja Metodista</p><p>Unida.</p><p>O Colégio Episcopal refletindo a respeito da natureza e da forma metodista de Ser Igreja</p><p>decide abrir espaço e implantar no Brasil o Discipulado , consciente de que antes de ser um</p><p>método, um processo pedagógico e educativo, é ele Um modo de Ser e um estilo de vida</p><p>evangélico e Wesleyano. Em 1999 cria-se um grupo Nacional de trabalho visando avaliar a</p><p>experiência tida pela Igreja, através de alguns pastores e grupos locais. Tendo</p><p>representações de pessoas de todas as Regiões e Campos Missionários realizou-se na</p><p>Fazendinha do Izabela um Seminário sobre o assunto. A seguir foi Criada a Câmara do</p><p>Discipulado sob a supervisão das Coordenadoria de Educação e de Missão. Em todo o</p><p>Brasil passou-se a ter-se encontros para fundamentação e treinamento, inclusive dentro da</p><p>ação episcopal, em suas múltiplas áreas. Bispos e Superintendentes Distritais passaram a</p><p>conviver sob a luz dessa forma de Ser. Bispos e pastores (as) em várias regiões passaram a</p><p>ter Encontros de conscientização e treinamento. Estabeleceu-se um período de vivência e</p><p>experiência nas Regiões e Campo Missionário buscando-se uma amostragem que pudesse</p><p>ser orientadora na formulação final deste Programa de Discipulado.</p><p>O Colégio Episcopal resolve tomar para si a responsabilidade da implantação do</p><p>Discipulado desenvolvendo algumas definições e critérios fundamentais para orientar a sua</p><p>implantação. No contexto do início do novo período Eclesiástico (Qüinqüênio) o</p><p>movimento do Discipulado toma a forma de Programa Oficial.</p><p>3</p><p>O Discipulado é visto e entendido como o modelo de ser Igreja usado por Jesus. Relendose</p><p>a Bíblia encontramos este princípio tanto no Antigo como no Novo Testamento, em</p><p>especial no Ministério de Jesus. Ao reler a História do Movimento Wesleyano surge a</p><p>convicção que, também Wesley, fundamentou o movimento por si iniciado através de</p><p>pequenos grupos de pessoa. A forma de ser Igreja através do Discipulado tem sido</p><p>grandemente difundida no Evangelismo brasileiro. Ao implantar o Discipulado no contexto</p><p>da Igreja Metodista não estamos procurando acompanha um ”modismo” presente em nosso</p><p>contexto e nem mesmo criar algo para combater grupos existentes que têm influenciado</p><p>igrejas por todo o Brasil e até a América Latina.</p><p>Existem Igrejas Evangélicas que acolhem o Discipulado entendendo ser ele a melhor forma</p><p>de promover o crescimento de suas igrejas. Grandes igrejas no mundo e no Brasil buscam</p><p>no Discipulado uma forma de estar mais junto de seus membros fundamentando melhor a</p><p>fé e a experiência de suas comunidades. A Igreja Metodista ao definir trilhar este caminhar</p><p>não o faz visando combater nenhum movimento e nem, prioritariamente adotar uma</p><p>metodologia de evangelização e crescimento da Igreja.. O que nos motiva é adotar o</p><p>Discipulado como “um modo de ser”, “ um estilo de vida” pessoal e comunitário, sendo</p><p>também uma “forma de pastoreio” a ser desenvolvido em nossas comunidades e uma</p><p>“estratégia” na maneira de ser Igreja Comunidade Missionária a Serviço do Povo .</p><p>Visando essa finalidade alguns textos foram escritos e outros recuperados de experiências</p><p>passadas. Em especial destacamos os escritos pelo Bispo Josué Adam Lazier no Kairós,</p><p>Estudos Bíblicos Pastorais, Outubro de 99, Quarta Região Eclesiástica e pelo Bispo Paulo</p><p>Tarso de Oliveira Lockmann – O Caminho do Discipulado – de Jesus a nós, como um</p><p>volume da Biblioteca Vida e Missão, dezembro de 2.000. A partir daqui muitas reflexões</p><p>têm sido publicadas em boletins, revistas, jornais Regionais , inclusive posicionamento de</p><p>bispos em suas respectivas regiões. Além destes junta-se uma série de textos produzidos</p><p>por igrejas locais e pastores que já vêem vivenciando durante anos essa caminhada.</p><p>Ao agruparmos muitos desses textos, decisões do Colégio Episcopal e materiais produzido</p><p>pelo Grupo de Discipulado colocamos à disposição da Igreja como Norteador do Programa</p><p>do Discipulado o presente texto.</p><p>Desejamos que haja paulatinamente, com fundamentação bíblica e histórica, a reflexão e a</p><p>implantação do Discipulado através do ministério pastoral nas igrejas locais. Em cada</p><p>Região ou Campo Missionário grupos ou câmaras de discipulado estão despertando,</p><p>conscientizando, capacitando e implantando este Programa. Muitos são os desafios, dentre</p><p>eles o de produzir-se textos para estudo e vivência nos pequenos grupos. Aos pouco eles</p><p>estarão surgindo ou indicados procurando suprir a ausência de material oriundo de nossa</p><p>tradição metodista.</p><p>Cada experiência local, distrital ou regional torna-se importante para a Igreja Nacional. A</p><p>partir daqui o compartilhar experiências, vivências e modo de ser será de real valor para</p><p>toda a Igreja.</p><p>Com oração, buscamos a sabedoria e a inspiração do Espírito a fim de que possamos juntos</p><p>vivenciar esse “estilo evangélico e Wesleyano de vida” em nossas comunidades locais.</p><p>4</p><p>O DISCIPULADO – UMA ILUSTRAÇÃO.</p><p>A vida é a maior fonte de ilustração e expressão de conhecimentos, analogias e</p><p>experiência.</p><p>Em relação ao Discipulado escolhemos o visualizar da vida em seus múltiplos momentos,</p><p>desde a fecundação até o final da existência. Uma seqüência natural ocorre no viver</p><p>humano: Fecundação, Gestação, Nascimento,Infância,Crescimento, Juventude, Maturidade</p><p>e Terceira Idade. Considerando-se as especificidades de cada um desses momentos</p><p>poderemos fazer uma analogia com o Discipulado. A cada uma dessas fases a pessoa tem</p><p>(ou deveria ter) uma seqüência de acompanhamentos específicos a cada fase. Por exemplo:</p><p>No período de fecundação, onde há a participação do homem e da mulher temos o</p><p>acompanhamento da área de ginecologia. No momento do nascimento contamos com o</p><p>ginecologista ou mais especificamente, o(a) obstetra, podendo ainda ter-se a presença de</p><p>uma parteira. Na fase da Infância, temos a Pediatria. No momento de crescimento existem</p><p>pessoas que acompanham crianças, juvenis e jovens com suas especificidades. A Clinica</p><p>Médica acompanhará a pessoa em quase todas as fases. Como marca dos tempos modernos</p><p>a medicina é grandemente praticada através de diversas especialidades. Na Terceira Idade</p><p>surge a geriatria que busca acompanhar o (a) ancião à luz da sua realidade.</p><p>O que queremos dizer com isso?</p><p>Na vida cristã há momentos diversos. Esses momentos podem ser avaliados e</p><p>exemplificados com as fases da vida, o seu crescimento e o respectivo acompanhamento</p><p>médico.</p><p>É costume entre nós, ao realizarmos um programa evangelístico, que o resultado do</p><p>movimento propiciou um certo número de convertidos. Lembro-me de trabalhos</p><p>evangelístico de grande porte – um grande evento – que catalogou o número elevado de</p><p>“conversões”. Nesse contesto indago: houve mesmo a conversão? Não seria melhor dizerse</p><p>que houve a “fecundação” do evangelho na vida de uma pessoa. A partir daqui a pessoa</p><p>necessita de acompanhamento, crescimento em maturidade. Semelhantemente às fases da</p><p>natureza, há muitas fecundações que não chegam a vingar. Abortos de todos os tipos</p><p>acontecem, impedindo a continuidade da vida.</p><p>Da mesma forma podemos dizer quanto ao período de gestação. Há aqui fases diversas que</p><p>possibilitam ou não a boa ou a má formação genética. NO contexto da fé o mesmo</p><p>acontecem: pessoas fecundadas pela graça através do Espírito podem ter tido o</p><p>desenvolvimento gestatório difícil e complicado, através do qual uns são abortados e</p><p>outros crescem com deformações genéticas ou congênitas. Visando dar suporte e expressar</p><p>o cuidado amoroso com as pessoas o Discipulado pode favorecer uma gestação adequada,</p><p>além de poder atender casos de má formação congênita.</p><p>Nós adultos gostamos de conviver com as crianças. Nessa convivência temos</p><p>experimentado as mais diversas formas de relacionamento. Há crianças que devido a</p><p>problemas de formação ou de nascimento necessitam de cuidados especiais. Algumas delas</p><p>não irão amadurecer. Deverão ser aceitas com as suas carências dando-se a oportunidade</p><p>5</p><p>de expressar aquilo que lhes é particular. Nessa analogia o acompanhamento pastoral e</p><p>discipular estará ajudando a vivenciar um processo de amadurecimento na vida da pessoa</p><p>(ou pessoas), inclusive criando situações especificas à sua realidade e capacidade.</p><p>Na fase de crescimento, indo até o final da adolescência (compreendida mais em termos de</p><p>mentalidade e modo de ser do que de forma cronológica, deverá haver um cuidado</p><p>acompanhamento que leva em conta as fases diferenciadas, as especificidade desse</p><p>momento, fazendo com que a vivência e a experiência desse período venha a ser algo</p><p>construtivo, edificante e que nos leva à maturidade.</p><p>Entre 30 a 60 anos, busca-se encontrar o período da maturidade. Dependendo da formação</p><p>genética, educacional, cultural e da vivência na vida familiar, bem como na Igreja e na</p><p>Sociedade haverá uma múltipla diferenciação nas pessoas quanto à forma de ser, de</p><p>pensar e de agir. Esse período requer um acompanhamento personalizado e diferenciado</p><p>conforme a realidade e a necessidade de cada pessoa.</p><p>Quando entramos na fase da Terceira Idade ( a Melhor-Idade) carecemos de</p><p>acompanhamento específico, espaço de vivência através do qual a nossas aprendizagem,</p><p>sabedoria e capacidade deverão ser aproveitá-as.</p><p>Em todas as dimensões da vida encontramos adultos que são crianças, crianças que não</p><p>evoluíram, jovens que são imaturos, idosos que mantém um espírito jovem e alguns outros</p><p>que demonstrar uma imaturidade juvenil. Há uma série de variantes nessa ilustração. Todas</p><p>elas indicam para uma reflexão a respeito da vida cristã, onde há diversas fases, muitas das</p><p>quais apresentam deformações quanto à formação e ao crescimento.</p><p>Uma comunidade local carece ter semelhantemente às especialidades médicas, pessoas,</p><p>grupos e movimentos que possam atender a realidade de cada pessoa em sua fase de</p><p>crescimento e vivência cristãs. Há muitas pessoas que foram abortadas; outras tem má</p><p>formação genética ou congênita, apresentando certas características e problemas. Outras</p><p>tantas apresentam-se com uma imaturidade constante – crianças na fé ou na juventude da</p><p>vida. Aliás Paulo referiu-se a essa distorçam na fé, o mesmo acontecendo com pedro.</p><p>Tudo isso nos ilustra e significa que a Igreja, através de suas comunidade locais necessitam</p><p>cuidar das pessoas e dos grupos em suas múltiplas e diferenciadas fases.</p><p>O Discipulado é um processo evangélico que possibilita esse tipo de acompanhamento</p><p>personalizado e grupal. Sendo um estilo de vida, uma forma de relacionamento,</p><p>convivência, comunicação e comunhão ele está mais diretamente qualificado para ajudar a</p><p>comunidade da fé a alcançar a maturidade cristã. Não podemos continuar sempre na</p><p>imaturidade da fé. As pessoas e as comunidades de fé estão sendo desafiadas a crescerem</p><p>em tudo – todas as dimensões- em Cristo e através da presença do Espírito alcançarem a</p><p>maturidade. Partindo da convicção de que os grupos de Discipulado acompanham as</p><p>pessoas em todas as fases da vida abrindo espaço para um crescimento em maturidade é</p><p>que estamos refletindo sobre esse processo discipular procurando implantá-lo e tornar-se</p><p>uma realidade na vida das comunidades metodistas.</p><p>6</p><p>PROGRAMA DE DISCIPULADO</p><p>Conceito:</p><p>Discipulado – visa dar fundamentos bíblicos, teológicos, históricos e práticos, como um</p><p>instrumento de inspiração, balizamento e implementação desse processo na Igreja</p><p>Metodista.</p><p>Percebe-se, à primeira vista, que o Discipulado, antes de ser um método, é um estilo de</p><p>vida, uma maneira de ser, no expressar evangélico de nossa fé. Não visa de início a ser um</p><p>processo didático de aprendizagem. Nem mesmo uma forma pragmática de crescimento</p><p>para a Igreja. É algo bem mais relacional, que busca à luz do próprio Cristo, fundamentar a</p><p>comunhão, a convivência, a comunicação e a formação do caráter das pessoas relacionadas</p><p>com o Senhor e com Sua comunidade – a Igreja, corpo vivo de Cristo. Essa foi a maneira</p><p>de ser do Senhor com a sua comunidade primitiva e da comunidade apostólica, bem como a</p><p>convivência inspiradora, fraternal e comunal do povo chamado metodista, a partir de sua</p><p>grande expressão - João Wesley. (Biblioteca Vida e Missão – O Caminho do Discipulado</p><p>de Jesus a nós – Paulo Tarso de Oliveira Lockmann).</p><p>O QUE ESPERAMOS DO PROGRAMA DO DISCIPULADO</p><p>1. Recuperar a tradição de João Wesley dos grupos pequenos, com que as</p><p>sociedades do metodismo primitivo eram organizadas, cujo objetivo claro era,</p><p>segundo Wesley, “um grupo de homens procurando o poder da piedade, unidos para</p><p>orar juntos, para receber a palavra em exortação e para vigiar uns pelos outros em</p><p>amor, a fim de que possam auxiliar-se mutuamente a conseguir sua salvação”.</p><p>2. Desenvolver os objetivos do discipulado resumidos nesses três aspectos:</p><p>crescimento dos novos membros, integração no programa de Dons e Ministérios da</p><p>Igreja e formação e treinamento de novos líderes (convivência, comunhão e</p><p>aprimoramento das pessoas em seu relacionamento interpessoal, consigo mesmas e</p><p>com Deus, segundo necessidades e condições específicas). O discipulado não é,</p><p>portanto, mais um programa da Igreja, mas está em relação direta com a dinâmica</p><p>de Dons e Ministérios, que orienta os membros da igreja no cumprimento da</p><p>missão, sobretudo da Grande Comissão (Mt 28.18-20).</p><p>“A Igreja Metodista reconhece o valor e a importância do Discipulado Cristão. Muito mais</p><p>do que uma técnica ou fórmula, o discipulado é um modo de ser e de viver. Cremos que em</p><p>Jesus Cristo temos a expressão mais exata do discipulado ao examinar o seu ministério e a</p><p>forma com que relacionava-se com seus discípulos.</p><p>Cremos que o discipulado é um estilo de vida (mais do que um método, plano ou programa)</p><p>onde a comunhão, a convivência, a intimidade, o relacionamento e a busca de caráter estão</p><p>em contínuo processo de desenvolvimento.”</p><p>O Colégio Episcopal, no uso de suas atribuições, edita as seguintes diretrizes para o</p><p>Programa de Discipulado a ser desenvolvido na Igreja Metodista:</p><p>7</p><p>PROPÓSITOS DE UM GRUPO DE DISCIPULADO:</p><p>a) Reunir famílias e amigos/as da igreja, que residam em um mesmo bairro, com o</p><p>propósito de “educar-nos e orientar-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões</p><p>mundanas, vivamos no presente século, sensata, justa e piedosamente” (Tt 2.12). E assim,</p><p>aprender a Palavra de Deus uns/umas com os/as outros/as, servindo de apoio mútuo, em</p><p>oração, amor e esperança.</p><p>b) Reunir um grupo de novos convertidos, para que alcancem a maturidade em Cristo Jesus</p><p>e sejam “apresentados a Deus aprovados, como obreiros e obreiras que não tenham do que</p><p>se envergonhar e que manejem vem a palavra da verdade” (2Tm 2.15). Com isso,</p><p>aprendam a ser disponíveis para Deus, descubram seus talentos e dons espirituais e</p><p>desenvolvam seu ministério, amparados num caráter cristão justo, santo e irrepreensível.</p><p>c) Reunir irmãos e irmãs nos bairros estratégicos em grupos familiares, com o objetivo de</p><p>acolher vizinhos/as e amigos/as que não conheçam o Evangelho, e demonstrem interesse</p><p>em participar de um grupo de oração e estudo bíblico, ajudando-os/as a ter um encontro</p><p>com Cristo.</p><p>d) Reunir a liderança formal e informal da igreja para momentos de pastoreio mútuo,</p><p>oração, comunhão e desenvolvimento do espírito de companheiros de jugo. Os membros de</p><p>um determinado ministério podem formar um grupo de discipulado.</p><p>e) Reunir grupos de casais com objetivo de partilhar experiências, estimular o convívio</p><p>comum, estudar temas significativos que possam aperfeiçoar e aprofundar o</p><p>relacionamento e a vivência comuns, à luz do orientação bíblica.</p><p>f) Reunir pessoas e grupos com o objetivo de aprimorar a capacitação das pessoas visando</p><p>ao exercício de Dons e Ministérios, à intimidade no relacionamento com Deus e à</p><p>convivência entre as pessoas.</p><p>g) Criar, em qualquer das experiências acima, um ambiente de fraternidade, comunhão e</p><p>confiança, no qual as pessoas possam, durante os momentos de estudo da Palavra de Deus,</p><p>compartilhar suas lutas e sonhos, ajudar e acolher outros/as, fazendo novos discípulos e</p><p>discípulas de Jesus.</p><p>DISCIPULADO</p><p>* Três elementos a considerar:</p><p>ESTILO DE VIDA – COMPROMISSO COM O REINO</p><p>MÉTODO DE PASTOREIO</p><p>8</p><p>ESTRATÉGIA PARA O CUMPRIMENTO DA MISSÃO</p><p>O QUE É O DISCIPULADO?</p><p>Discipulado busca algo mais do que ser um mero processo educativo.</p><p>Ele é um estilo de vida, uma maneira de ser em que as pessoas se relacionam, entram em</p><p>comunhão, acolhem umas as outras, compartilha o que são, sentem e carecem; oram umas</p><p>pelas outras, louvam e adoram ao senhor juntas, estudam a palavra à luz da graça, da</p><p>experiência e da razão, da comunidade da fé.</p><p>Nesse sentido vive e cumpre o que a palavra nos diz:</p><p> Levar os fardos uns dos outros – Gl.6.1-2</p><p> Acolher-se mutuamente conforme Cristo nos acolheu – Rm.15.7</p><p> Apoiam, são o suporte uns dos outros/as – Cl.3.13</p><p> Perdoam-se mutuamente – Ef.4.32</p><p> Expressam o amor mutuamente – Ef.5.1-2</p><p> mais forte é convidado a suportar e ser o suporte do mais frágil – Rm.15.1</p><p> Somos chamados a vivenciar Cristo na relação com as pessoas, famílias...</p><p>Esse estilo de vida houve em Cristo e sua comunidade apostólica. Wesley vivenciou essa</p><p>mesma realidade na dinâmica da vida cristã em suas comunidades primitivas. Dessa forma</p><p>o processo de santificação tornou-se de alcance pessoal e social.</p><p>É na vivência da comunidade que a dinâmica do discipulado é desenvolvida. Ele não é algo</p><p>isolado, mas integrado aos propósitos básicos missionários da igreja, comunidade viva do</p><p>corpo de Cristo. Nesse sentido é um espaço aberto, transparente e dialogal.</p><p>O QUE BUSCAMOS?</p><p> Compartilhar a fé</p><p> Acolher uns aos outros</p><p> Partilhar nossas experiências e testemunhos</p><p> Estudar e vivenciar a palavra</p><p> Confessar as nossas fragilidades</p><p> Aprimorar e aperfeiçoar o nosso discipulado</p><p>9</p><p> Louvar</p><p> Orar</p><p> Adorar</p><p> Viver mais plenamente conosco e entre nós a piedade e a misericórdia</p><p> Crescer no caminho da maturidade em Cristo:</p><p>ORIENTAÇÕES BÁSICAS QUANTO AO DISCIPULADO</p><p>a) O discipulado deve acontecer em pequenos grupos, pois essa estrutura tem se</p><p>apresentado mais eficiente e enriquecedora para as pessoas envolvidas. Eles devem ser</p><p>organizados de acordo com o número de líderes disponíveis, maduros e aptos para</p><p>discipular outros.</p><p>b) O/a pastor/a da igreja deve estar envolvido/a para dinamizar e orientar os grupos. Sua</p><p>participação no programa de discipulado é muito importante, mas não se deve depender</p><p>exclusivamente dele/a. É importante desenvolver com o/a pastor/a um grupo de liderança</p><p>visando à convivência, comunhão e preparação, para o funcionamento dos demais grupos.</p><p>material a ser estudado deve ser previamente preparado ou selecionado pelos responsáveis</p><p>(com a participação do/a pastor/a) e corresponder às necessidades do grupo. O Colégio</p><p>Episcopal, por meio da Coordenação da Área Docente e Missionária, preparará e oferecerá</p><p>temas para as igrejas locais.</p><p>c) Os/as participantes do grupo devem ter o entendimento claro de que são discípulos de</p><p>Cristo e não do líder do grupo.</p><p>d) Deve-se evitar o sentimento de superioridade ou "orgulho espiritual" por causa da</p><p>participação num grupo de crescimento ou discipulado da igreja.</p><p>e) O discipulado deve ser visto como um estilo de vida que caracteriza aqueles/as que estão</p><p>comprometidos com a mensagem do Reino de Deus e Sua Justiça; como um método de</p><p>pastoreio que pode estar inserido no Plano de Ação da Igreja Local e Plano de Ação</p><p>Pastoral e como estratégia para o cumprimento da missão (Mateus 9.35-38).</p><p>f) Deve-se estabelecer objetivos a ser alcançados pelo grupo. Estes objetivos devem ser</p><p>definidos pelo próprio grupo, sob a coordenação do respectivo líder. Os objetivos traçados</p><p>devem estar de acordo com os da igreja e o seu Plano de Ação.</p><p>g) O material a ser estudado deve ser previamente preparado, selecionado ou indicado pela</p><p>Coordenadoria Nacional de Discipulado, após concordância do Colégio Episcopal. A sua</p><p>10</p><p>seleção e adequação deve ser decidida através da participação do pastor/as, com a</p><p>participação do líder, respondendo assim às necessidades do grupo.</p><p>OBJETIVOS GERAIS DO DISCIPULADO</p><p>1. Proporcionar ao discípulo “formação” e “crescimento” em sua vida cristã, capacitando-o</p><p>para exercício de seus ministérios.</p><p>2. Conscientizar o discípulo de que mais do que uma técnica educativa ou um programa de</p><p>capacitação, o discípulo caracteriza uma nova maneira, um novo estilo de ser.</p><p>3. Oportunizar ao discípulo condições de amadurecimento na e através da comunhão e</p><p>serviço, com Deus e com o próximo.</p><p>4. Conscientizar o discípulo sobre a necessidade de uma abertura para a comunidade,</p><p>buscando não apenas o seu crescimento individual, mas também o crescimento de seu</p><p>grupo (de discipulado) e da sua comunidade (crescer na direção dos outros).</p><p>5. Orientar o discípulo para que cresça na noção e prática de um ministério conjunto, ou</p><p>seja, interação com outras pessoas, cada uma no exercício de seus dons e com suas</p><p>características particulares.</p><p>6. Estimular o discípulo à busca de maior auto-disciplina na leitura e estudo da Bíblia livros</p><p>subsidiários, na oração, na comunhão e no serviço.</p><p>7. Desenvolver no discípulo a noção prática da criatividade, iniciativa na vida cristã, não</p><p>sendo apenas um bom “executivo”, mas um criador de idéias e situações que lhe</p><p>oportunizem, e a outros, o exercício de um ministério frutífero.</p><p>8. Desenvolver no discípulo um espírito critico sadio e construtivo, com o qual possa</p><p>examinar criticamente sua vida e a realidade toda em que está inserido, de modo a dar sua</p><p>contribuição, como um agente de transformação.</p><p>9. Capacitá-lo para fazer novos discípulos, motivando-o a um testemunho evangelizante.</p><p>CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES DO DISCIPULADOR</p><p>Seguindo alguns princípios bíblicos estabelecemos alguns elementos básicos que devemos</p><p>encontrar nos líderes do discipulado.</p><p>11</p><p>a) Pessoa dominada pela graça de Deus. Wesley perguntava aos seus colaboradores: Tens</p><p>a Graça? O discipulador precisa ter passado por uma experiência pessoal com Deus e</p><p>conhecer a sua Graça.</p><p>b) Ter um sentimento de Servo, conforme o Seus Senhor. O discipulador testifica a</p><p>respeito desta forma de ser. Está dominado pelo sentimento de serviço, pois no trabalho</p><p>que realiza estará à disposição dos outros.</p><p>c) Dedicar tempo para conviver e aconselhar os seus discípulos, como Jesus fez. Mc.3.14</p><p>nos mostra que o mestre dedicou tempo para acompanhar e aconselhar os seus</p><p>seguidores. O discipulado pode exigir esse sacrifício do líder, cuidando sempre de não</p><p>criar uma dependência contínua em relação aos seus liderados.</p><p>d) Consagrar-se ao ministério que vai exercer sem descuidar de “transmitir” a outros o</p><p>que havia recebido (II Tm.2.2), fazendo com que esta seqüência continue</p><p>ininterruptamente.</p><p>e) Realizar com amor e dedicação este ministério. Isso é importante para o crescimento e</p><p>a maturidade do discípulo.</p><p>f) Ser uma pessoa capaz, temente a Deus, não dominado pela avareza, tendo</p><p>compromisso com a verdade. (Ex.18.13-27); tendo boa reputação, sendo pessoa cheia</p><p>do Espírito e que viva com sabedoria (At.6.3); tudo fazendo com expontaneidade, sem</p><p>ganância, com muita boa vontade, não sendo dominador sobre os outros, sendo, acima</p><p>de tudo, modelo para o rebanho. (I Pd.5.2-4).</p><p>g) O critério para o Discipulado, tanto para o discipulador como o discípulo é Cristo.</p><p>h) Vivenciar o espírito de obediência, renúncia, compaixão, sendo amigo, companheiro e</p><p>servo. Expressando a fé que atua pelo amor em tudo.</p><p>i) Testificar a respeito dos dons que o Senhor lhe tem proporcionado, sinalizando-os com</p><p>os frutos.</p><p>FUNÇÕES DO DISCIPULADOR</p><p> Proporcionar um ambiente de amizade e confiança para o qual são úteis atitudes como</p><p>acolher os participantes, promover o diálogo entre as pessoas, dar oportunidade para</p><p>que todos participem, agradecer o lar que hospeda o grupo, etc.</p><p> Dirigir a discussão bíblica, procurando envolver todos os participantes e valorizando</p><p>todas as contribuições dadas.</p><p> Controlar o tempo da reunião, dividindo-a em momentos de cânticos, oração, estudo</p><p>bíblico, compartilhar e intercessão pelos problemas apresentados.</p><p> Treinar outros líderes (2Tm 2.2). O líder do grupo deve estar atento para perceber os</p><p>líderes em potencial e começar a treiná-los para que venham a ser líderes de outros</p><p>grupos de discipulado.</p><p> Encaminhar ao/à pastor/a casos que exijam um acompanhamento pastoral e necessitem</p><p>da participação do pastor ou da pastora.</p><p>12</p><p> Criar espaços e oportunidades para a convivência do grupo, os momentos de lazer, a</p><p>mútua cooperação e o serviço comum.</p><p> Assessorar o grupo visando o estabelecimento de objetivos.</p><p> Fazer contatos com os membros do grupo.</p><p> Avaliar o seu ministério e o aproveitamento do grupo.</p><p>A PARTICIPAÇÃO DA PESSOA NO DISCIPULADO</p><p>a) A pessoa deve ter a convicção de que é discípulo de Cristo e não discipulador. O seu</p><p>crescimento, a sua experiência o seu enriquecimento não deve limitar-se às do</p><p>discipulador. Esse processo não é como uma competição onde procura-se superar um ao</p><p>outro. Aqui temos uma busca contínua pela santificação onde procuramos superar</p><p>nossos limites pessoais e nos aprimorar no Evangelho do Reino.</p><p>b) Salienta-se que deve haver uma valorização da experiência pessoal de cada discípulo.</p><p>Que ele sinta que sua vida, a sua experiência bem como as suas idéias são importantes.</p><p>A sua participação no discipulado não é apenas no sentido de receber (como uma</p><p>esponja), mas também de dar, de compartilhar sua fé e experiência cristã, por menor</p><p>que lhe pareça ser.</p><p>c) A sua experiência comunitária deve ser também compartilhada e estimulada.</p><p>d) Lembrando-se que o discipulado, mais que um método, é um novo estilo de vida, deve</p><p>engajar-se nele, devendo torna-lo parte de sua própria vida. Dessa forma dá-se a ele a</p><p>sua devida importância.</p><p>e) Não olhar o discipulador com um deus ou ídolo, ou ainda o “mais que perfeito”.</p><p>Procure vê-lo e senti-lo como um ser humano, com as suas limitações, sujeito ao erro,</p><p>que busca permitir ao Senhor aperfeiçoar o seu viver e usá-lo como um simples</p><p>instrumento de Deus.</p><p>f) No caso de grupo a sua participação no diálogo deve ser equilibrada. Que ele não deixe</p><p>de falar, mas também não deixe de ouvir o que os outros tem a dizer. Por um lado a sua</p><p>experiência tem valor, a sua opinião é importante, todavia não é única. As outras</p><p>pessoas têm também o que compartilhar.</p><p>CRITÉRIOS VISANDO A SELEÇÃO DE PESSOAS PARA O DISCIPULADO</p><p>1. Pessoas realmente dispostas a dedicarem-se ao estudo, às reuniões, à vivência, a tudo</p><p>enfim que o discipulado exige. Observação: Poderão facilmente ser encontradas pessoas de</p><p>grande potência, que precisam, porém, ser estimuladas a colocarem o discipulado como</p><p>uma prioridade. O/a pastor/a pode ser este/a despertador/a da motivação bem como outra</p><p>pessoa que já esteja engajada no discipulado.</p><p>13</p><p>2. Pessoas que estejam abertas à revisão e reavaliação de sua vida cristã, com acentuado</p><p>interesse em crescer e frutificar.</p><p>3. De modo especial para primeiro/s grupo/s, embora sempre necessário, é conveniente a</p><p>escolha de pessoas cuja vida possa ser motivo de inspiração e exemplo, não por serem</p><p>perfeitos, senão por serem sinceros na busca de uma mais perfeita comunhão com Deus e</p><p>com o próximo.</p><p>4. Pessoas que se disponham a transmitir a outros o que aprenderam, conforme princípio</p><p>bíblico de II Tm 2.2.</p><p>5. Disposição para o estudo e compreensão dos objetivos do discipulado;</p><p>6. Disposição para avaliar e reavaliar a sua vida cristã;</p><p>7. Humildade para com Deus e o próximo. Os participantes não devem sentir-se melhores</p><p>que os outros que não participam de nenhum grupo de discipulado;</p><p>8. Espírito de comunidade. O grupo de discipulado não pode ser um “grupinho” separado</p><p>da igreja, mas sim estar a serviço da igreja e integrado na programação da mesma;</p><p>9. Ter espírito de serviço e dedicação aos ministérios da igreja;</p><p>10. Evitar a marginalização ou exclusão de pessoas que gostariam de participar do</p><p>discipulado. Todos os membros devem ter esta oportunidade.</p><p>FOLHA 13</p><p>DESENVOLVENDO O DISCIPULADO</p><p>Consideramos o fato de que o discipulado deva começar na igreja local através de um gripo</p><p>formado pelo/a pastor/a e sua liderança. Semelhantemente a Wesley, o líder da comunidade</p><p>torna-se uma espécie de supervisor.</p><p>Da mesma forma que o/a pastor/a convive e conduz o processo discipular, encontrando-se</p><p>semanalmente com os seus líderes, haverá um grupo especial junto do pastorado, sob a</p><p>condução do SSDD ou de quem o bispo indicar visando a experiência discipular no nível</p><p>pastoral.</p><p>O Bispo terá o seu grupo partilhado pelos SSDD. Isso sempre no espírito do que tem sido</p><p>dito a respeito do discipulado: visando comunhão, fraternidade, unidade, mutualidade,</p><p>oração, estudo e aprofundamento no relacionamento com Deus e uns com os outros.</p><p>O Colégio Episcopal proporcionará meios para que, também os bispos possam participar da</p><p>experiência do discipulado, convivendo entre si.</p><p>14</p><p>NA IGREJA LOCAL</p><p>Várias são as opções que possibilitam a formação de grupos de discipulados na igreja local.</p><p>Há uma diversidade de tipologia dos grupos. Não é aconselhável, num primeiro momento,</p><p>criar uma série de grupos, mesmo que diferenciado na sua formação e quanto ao seu</p><p>objetivo. Tem-se dito que, inicialmente, deveríamos ter um ou dois grupos iniciais que</p><p>poderiam estar localizados entre: grupo de neo-convertidos, grupo de maturidade cristã</p><p>acolhendo pessoas que há anos estão na igreja local e grupo de capacitação para a Missão e</p><p>o Ministério, formado por pessoas que estão participando ativamente de algum ministério</p><p>da igreja local. Com o avançar da experiência e o decorrer do tempo, após a devida</p><p>avaliação, o número e a natureza dos grupos serão modificados, ampliando-se a experiência</p><p>nessa vivência discipular.</p><p>O QUE PRIORIZAR NA REUNIÃO DO GRUPO</p><p>Seguindo os objetivos estabelecidos para os grupos de discipulado haverá uma diversidade</p><p>de momentos e atividades no encontro dos grupos.</p><p>1. Momentos de acolhimentos que possibilitam ampliar a comunhão e vivência entre os</p><p>membros do grupo.</p><p>2. Hora de partilhar experiências, expectativas e necessidades.</p><p>3. Expressão de adoração e louvor através de cântico e orações.</p><p>4. Estudo do tema indicado através de uma metodologia compartilhada, sob a direção do</p><p>líder. Deve-se buscar a participação de todas as pessoas, evitando-se a dominância de</p><p>umas sobre as outras.</p><p>5. Orientação sobre o que necessita ser lido, pesquisado e estudado visando as próximas</p><p>reuniões.</p><p>6. Momento de intercessão no grupo entre os seus membros, conforme as necessidades</p><p>expressas no encontro.</p><p>7. Convivência através de momentos de fraternidade e lazer (quando possível).</p><p>8. Levar em consideração o fato de que encontros discipuladores não significa estar</p><p>apenas num local definido (casa, igreja, etc). Oportunidade de convívio, encontros,</p><p>lazer deverão surgir no decorrer da semana entre pessoas do grupo ou de todo o grupo.</p><p>9. Não se esquecer de que a experiência do disipulado não é algo isolado e independente</p><p>da igreja local. É importante ter-se em mente que a igreja local e sua vivência é</p><p>predominante sobre os grupos. Isso significa não agir contrariamente aos objetivos,</p><p>princípios, planejamento e programas da igreja local e sim, estar integrado de forma</p><p>dinâmica com a comunidade de fé.</p><p>Há muitas outras formas de seqüência e convivência no caminhar do Discipulado. De</p><p>acordo com a realidade e a necessidade dos membros e dos grupos poderão ser buscado</p><p>formas mais efetivas para a vivência do Discipulado. Qualquer que seja o modo de ser e a</p><p>forma de se estruturar devemos levar em consideração que o tempo máximo de um</p><p>Encontro não deve ultrapassar de 1h30. A não ser em caráter excepcional poderá chegar-se</p><p>a 2h00.</p><p>15</p><p>Conforme o tema e a unidade de estudos, orientações específicas e diferenciadas poderão</p><p>ser sugeridas.</p><p>O QUE A IGREJA ESPERA DO DISCIPULADO?</p><p>A igreja espera desenvolver o discipulado, pelo menos em três aspectos:</p><p>1. Crescimento e maturidade dos novos membros</p><p>2. Aprofundamento em vivência e comunhão da experiência cristã, caminhando na direção</p><p>da Perfeição Cristã em todos os sentidos: pessoal, familiar, relacional, eclesial e social.</p><p>3. A capacitação das pessoas visando ao desenvolvimento da missão e seus ministérios</p><p>específicos.</p><p>O DISCIPULADO BUSCA ALGO MAIS DO QUE SER UM MERO PROCESSO</p><p>EDUCATIVO</p><p>Ele é um estilo de vida, uma maneira de ser, em que as pessoas se relacionam, entram em</p><p>comunhão, acolhem umas às outras, compartilham o que são, sentem e carecem, oram umas</p><p>pelas outras, louvam e adoram ao senhor juntas, testificam a respeito da presença divina em</p><p>suas vidas, estudam e interpretam a palavra à luz da Graça, da Experiência, da Razão, da</p><p>comunidade de fé e da vida. Nesse sentido, vivem e cumprem o que temos na palavra de</p><p>Deus: levam os fardos uns dos outros (GL.6.1-2); acolhem mutuamente um ao outro (Rm.</p><p>15.7); são o apoio e o suporte uns dos outros (CL. 3.13);perdoam-se mutuamente (Ef. 4.32);</p><p>expressam o amor uns para com os outros, andando em amor como Cristp os amou (Ef.5.1-</p><p>2); o mais forte é convidado a suportar e ser o suporte do mais frágil (Rm. 15.1-2)</p><p>conforme Cristo agiu... Dessa maneira, poderíamos ampliar a dimensão da convivência</p><p>discipular.</p><p>Esse estilo de vida houve em Cristo Jesus e sua caminhada apostólica. Wesley vivenciou</p><p>essa mesma realidade na dinâmica da vida cristã presente em sua comunidade primitiva</p><p>metodista. Dessa forma o processo de santificação tornou-se de alcance relacional pessoal e</p><p>social.</p><p>IMPLEMENTAÇÃO DO DISCIPULADO</p><p>A - Selecionar um pequeno grupo entre 10 a 12 pessoas.</p><p>B – Promover um retiro inicial de trabalho com o grupo.</p><p>C – Reunir semanalmente o grupo.</p><p>D – Escolher um espaço acolhedor, que propicie vínculo de intimidade, sem interferências</p><p>e oportunize a espontaneidade.</p><p>E – Propiciar momentos de lazer, comunhão e convivência.</p><p>16</p><p>F – Na conclusão de cada módulo ou etapa (que pode durar de três meses a um ano) é</p><p>fundamental a realização de um momento especial que marque o término- retiro,</p><p>confraternização, viagens missionárias, etc.-</p><p>PLANO NACIONAL – DISCIPULADO</p><p>FASES MATERIAL INDICADO (Momento Inicial)</p><p>FASE 1 INTRODUÇÃO - Cartilha do Discipulado . Livros; “O Caminho do</p><p>Discipulado. Bispo Paulo Lockmann e Kairós – Estudos Bíblicos</p><p>Pastorais. Ano 1 . No. 2 – Outubro de 99 – 4 RE. Bispo Josué Adam Lazier.</p><p>FASE 2 FUNDAMENTOS DA FÉ– Seguir a Cristo. Manual do Discipulado – Vol.</p><p>1, Bispo Paulo de Tarso Oliveira Lockmann e Professora Zélia</p><p>Constantino. Ed. Bennett . Tópicos do programa de Discipulado da Igreja</p><p>Metodista em São Mateus. IV RE. Livro publicado pela Quinta Região</p><p>visando o Preparo de Novos Membros(......)</p><p>FASE 3 O CARÁTER CRISTÃO - Em produção.</p><p>FASE 4 INDO E FAZENDO - Texto – Carta Pastoral sobre Dons e Ministérios do</p><p>Colégio Episcopal – 2a. Edição – Novembro de 2001.</p><p>FASE 5 APROFUNDAMENTO TEMÁTICO - Texto experimental em Brochura-</p><p>Na Escola do Espírito - Dr. Justo Gonzáles e Companheiros em Cristo Junta</p><p>de Discipulado - The Upper Room.</p><p>CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO</p><p>* Até final de maio - Encaminhamento pelas Regiões das 10 (ou mais) igrejas para</p><p>o momento de Implantação.</p><p>* Até 10 de setembro - Encaminhamento do Relatório Avaliatório das experiências</p><p>obtidas com as igrejas locais.</p><p>* 21 a 25 de outubro - Implantação Nacional do Programa ( Ministerial Nacional).</p><p>17</p><p>APÊNDICE I</p><p>A BÍBLIA E O DISCIPULADO</p><p>1) No Antigo Testamento</p><p>Vejamos o que encontramos no livro de Êxodo 18.17-27:</p><p>Encontramos aqui alguns aspectos do discipulado. Moisés estava sobrecarregado devido a</p><p>grande trabalho que desenvolvia e o tipo de liderança que usava para o cumprimento de sua</p><p>missão junto ao povo – despertar, educar, guiar, interceder, enfim, estar junto do povo em</p><p>nome de Deus e interceder pelo povo junto a Deus. Getro, seu sogro, vendo a sua aflição e</p><p>sobrecarga, lhe dá o conselho para “escolher”, dentre o povo, líderes que viriam a se tornar</p><p>responsáveis por grupos de pessoas. O texto não fala do desenvolvimento de um método de</p><p>discipulado, mas apresenta alguns aspectos de relacionamento e vivência presentes no</p><p>discipulado. Moisés escolhe líderes passa a conviver com eles, instruí-os, orienta-os,</p><p>supervisiona-os, delega-lhes certas atribuições e dá poderes. Estes são alguns aspectos</p><p>presentes no princípio do discipulado.</p><p>Atendendo ao conselho do seu sogro Moisés escolhe homens capazes, de todo Israel, e os</p><p>constitui por cabeça sobre o povo, dando-lhes certas atribuições de liderança ,</p><p>principalmente os de julgamento de situações mais simples. Isto aliviou o trabalho de</p><p>Moisés; colocou a formação de um grupo de discípulo que consigo convivia e o seguia</p><p>como mestre.</p><p>Em Salmo 78.1-8, temos a grande preocupação educativa em relação às gerações mais</p><p>antigas para com as novas gerações. O texto reflete a mesma preocupação de</p><p>Deuteronômio: a responsabilidade da família (pais) na passagem dos valores, dos atos</p><p>históricos expressos por Deus junto da história a Comunidade da Fé, nas celebrações dos</p><p>atos e momentos marcantes e significativos na história do povo de Israel. Aqui temos um</p><p>processo discipular onde o ensino, a transmissão de valores, os momentos significativos</p><p>vividos pelo povo seriam levados às novas gerações. O objetivo é dar continuidade a uma</p><p>contínua confiança em Deus; a tomarem conhecimento e vivenciarem os grandes feitos</p><p>divinos junto ao povo; a observarem e seguirem os mandamentos e a permanecerem fiéis</p><p>perante o Senhor não tendo um coração inconstantes conforme os pais (povo de Israel e sua</p><p>liderança)</p><p>No contexto do Antigo Testamento o discipulado é visto não apenas como transmissão de</p><p>conhecimento, valores, aspectos culturais e religiosos, mas acima de tudo, como a</p><p>transmissão da vivência. Aqui reside basicamente a diferença entre o discipulado grego do</p><p>sistema rabínico.</p><p>18</p><p>Em 1 Reis 19.19ss, vemos Elias buscando alcançar Eliseu com o seu manto sinalizando</p><p>assim a escolha divina que visava uma continuidade profética. Eliseu seguiu Elias através</p><p>de um estilo de vida relativo ao discipulado. Em 2 Reis 2.35,7,15 lemos: Então, os</p><p>discípulos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu e lhe disseram:</p><p>Sabes, que o Senhor, hoje, tomará o teu senhor, elevando-o por sobre a sua cabeça” . Isso</p><p>referia-se a Elias, deixando claro a importância sucessória estabelecida por Deus a Eliseu.</p><p>Temos aqui uma referência aos discípulos dos Profetas. Há a menção de uma Escola de</p><p>Profetas, localizada em Gilgal, Betel e Jericó. Da mesma forma que Eliseu em relação a</p><p>Elias, existiram discípulos que seguiram a Eliseu. Essa relação discipular vemos em</p><p>Jeremias (36.6-8), em Amós 7.14, quando Amós faz referência à sua situação particular</p><p>fazendo menção ao “discipulado entre os profetas” . Em Isaías encontramos em sua</p><p>mensagem através dos diversos períodos da história do povo de Israel a percepção da</p><p>existência de discípulos que guardam os oráculos de Isaías e os levam ao povo.</p><p>O termo relativo ao discipulado no Novo Testamento tem a sua origem no usado no</p><p>sistema rabínico. Jesus aceita ser chamado de “Rabi” e seus discípulos são designados</p><p>como “ talmidim” ermo que serve para indicar um determinado tipo de relações humanas</p><p>muito comum no judaísmo mais recente. (Schultz, Discípulos do Senhor, SP – Edições</p><p>Paulinas, 1969, p.17). O “Talmid” das escolas rabínicas é antes de tudo um estudante... O</p><p>seu viver consistia no estudo dos escritos sacros, freqüência às classes e discussão sobre</p><p>passagens ou casos difíceis . (Cf Manson. T.W. O Ensino de Jesus, SP – Aste, 1965, p 219)</p><p>NOVO TESTAMENTO DISCIPULADO EM JESUS</p><p>“Fazer discípulo” foi o princípio básico usado por Jesus em seu ministério. Um de suas</p><p>maiores preocupações usado por Jesus em seu ministério. Uma de suas maiores</p><p>preocupações foi a de constituir o seu discipulado. Após retirar-se e orar, chamou os</p><p>discípulos para a obra. No decorrer do seu ministério conviveu com eles, educou-os,</p><p>compartilhou, deu-lhes atribuições e responsabilidades, delegou-lhes atribuições,</p><p>supervisionou-os e lhes deu autoridade de “fazerem discípulos”, continuando assim a sua</p><p>obra.</p><p>Uma das primeiras ações de Jesus foi a de formar o seu discipulado. Mateus 4. 18-22,</p><p>Marcos 1.16-20, João 135-40 e outros textos nos falam do “chamado” para o discipulado. O</p><p>plano básico de Jesus foi o de formar o seu discipulado. Através dele desenvolveria boa</p><p>parte do seu Plano Salvador, principalmente após sua morte, ressurreição e ascensão. Sua</p><p>preocupação inicial foi a de “selecionar” os seus discípulos e assim Ele o fez. Selecionou</p><p>homens comuns, imperfeitos, carentes temperamentais, mas que estavam prontos a crerem,</p><p>aprenderem crescer s aperfeiçoarem e se disporem a cooperar com a obra do mestra. Eram</p><p>homens e mulheres que reconheciam suas realidades e carências, mas que estavam prontos</p><p>a confessá-las e a confiar na Graça de Deus para sustentá-los. Muitos foram seus discípulos,</p><p>todavia 12 foram destacados para convivência e um trabalho especial.</p><p>O grupo principal de discípulos de Jesus foi “um pequeno grupo”, composto de 12 pessoas,</p><p>suficiente para permiti-lhe conviver o máximo possível com eles, instruí-los, acompanhálos,</p><p>ajudá-los, dar-lhes atribuições e supervisioná-los. Lc 6.13-17; Mc. 3.13-19</p><p>19</p><p>Os evangelhos são claros em relatar os mais diversos momentos da vida de Jesus,</p><p>enfatizando a sua presença com os discípulos, principalmente nos momentos mais</p><p>significativos de sua vida.</p><p>Jesus nunca deixou de ter contato com pessoas e multidões. Seu ministério foi vivido no</p><p>meio do povo, atendendo às suas necessidades. Mas justamente objetivando amar melhor a</p><p>multidão, atingí-lo com Sua Graça é que escolheu o princípio do discipulado. Ele</p><p>necessitava de pessoas que poderiam conviver, alimentar, educar e servir às multidões.</p><p>Conviveu com este pequeno grupo, treinando-os e enviando-os à multidão. O discipulado</p><p>não desprezava o povo, a multidão, ao contrário, estabelece métodos e atitudes mais</p><p>adequadas para atingi-la. A maior parte do seu ministério foi vivido com os discípulos; os</p><p>momentos mais íntimos, revelatórios e fundamentais de sua vida e ministério, foram</p><p>desenvolvidos ou aconteceram junto com os discípulos em Cristo. O objetivo presente é o</p><p>de enfatizar o fato básico de que o “discipulado” foi um princípio fundamental no</p><p>ministério de Jesus.</p><p>Resumindo: Cristo escolheu discípulos. Conviveu com eles. Supriu suas necessidades.</p><p>Instruiu-os pela palavra e vida. Viveu com eles o seu ministério, demonstrando na prática e</p><p>na vida a sua mensagem e obra. Deu-lhes atribuições, delegou-lhes poderes. Enviou-os à</p><p>obra. Supervisionou-os e acompanhou a vida e ação do grupo. Deixou um princípio para ser</p><p>aplicado e desenvolvido, dando-lhes a missão de “fazerem discípulos”, antes de voltar para</p><p>o Pai.</p><p>Em Mateus 28.18-20, texto citado também por Marcos, Lucas e Atos, Jesus enviou os</p><p>discípulos para o cumprimento da Missão, diz-lhes:</p><p>“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os, em nome do Pai, Filho e</p><p>Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que</p><p>estou convosco todos os dias até a consumação do século”.</p><p>Jesus é bem objetivo aqui. Ele comissionou os discípulos para a Missão. O princípio básico</p><p>para o seu desenvolvimento é IR e FAZER DISCÍPULOS. O IR ou INDO, como alguns</p><p>afirmam é um imperativo do Senhor. Isto significa testemunho, ação, serviço, envolvimento</p><p>na obra do Senhor, vida cristã.</p><p>O objetivo do “ir” é “fazer discípulos”. O discípulo faz discípulo – multiplica. Somos</p><p>discípulos que temos o objetivo de fazer novos discípulos, despertando-os para Cristo,</p><p>ensinado-os, educando-os, convivendo com eles, amando-os e suprindo suas necessidades,</p><p>acompanhando-os, servindo, testemunhando e vivendo, capacitando-os para a obra, dandolhes</p><p>atribuições, delegando responsabilidade, envolvendo-os no ministério e</p><p>supervisionando-os. Para se fazer discípulos é necessário “ensinar” , realizar o processo</p><p>educativo, em todo o seu amplo sentido.</p><p>Não basta batizar o discípulo. Ele tem de ser educado continuamente, crescer, atingir a</p><p>maturidade, ser capacitado e enviado para o serviço.</p><p>20</p><p>Foi isto o que Jesus fez, desenvolvendo o princípio do discipulado em pequenos grupos ou</p><p>células, que possibilitam um maior conhecimento, convivência entre seus membros,</p><p>maturidade no amor, companheirismo, educação e serviço.</p><p>O mesmo princípio que Cristo usou, Ele deixou para a Sua Igreja “fazer discípulos”. É nele</p><p>e com ele que aprendemos e desenvolvemos o discipulado cristão.</p><p>Atos dos Apóstolos 2.42-47; 432-35, refletem a vida comunitária dos que crêem. Os</p><p>seguidores primitivos do Evangelho vivem um estilo de vida que choca e impacta a</p><p>comunidade judaica e outras comunidades. Encontramos aqui a forma como viviam os</p><p>discípulos do Senhor: unidos, em comunhão, vivenciando dinamicamente a piedade,</p><p>oração, o partir do pão... tinham comunhão uns com os outros, possuíam um coração,</p><p>partilhavam bens, exerciam a solidariedade, etc. essa forma discipular representa um</p><p>testemunho de relacionamento de uns com os outros. Vida em comunhão é um novo tilo de</p><p>vida oriundo da vivência com Cristo.</p><p>Vemos biblicamente que o chamado ao discipulado é mais que um vínculo entre o mestre</p><p>e o discípulo. Acima de tudo é um convite a uma relação que envolve entrega e renúncia,</p><p>disposição e disciplina em aprender e compromisso em ensinar.</p><p>Acima de tudo o relacionamento entre Jesus e os seus discípulos é fundamentada na</p><p>amizade. Uma relação entre amigos, vivendo a intimidade... Jo. 15.13-15</p><p>O discipulado em Paulo</p><p>Lendo Atos dos Apóstolos e as cartas paulinas vemos claramente a continuidade do</p><p>princípio do discipulado. Paulo também foi discipulado. Após a sua conversão ele foi</p><p>educado e preparado para a obra. No seu ministério, Paulo aplicou o princípio do</p><p>discipulado. Ele fez discípulos, conviveu com eles, instruiu-os, capacitou-os, deu-lhes</p><p>responsabilidades, delegou-lhes atribuições, supervisionou-lhes. Exemplos claros que</p><p>temos no seu ministério: Timóteo, Silvano, Tito, Tíquico, Lídia, Príscila, Eunice, Onésimo</p><p>e tantos outros. Sempre ele os enviavam cumprimento da missão. Alguns são nomes bem</p><p>conhecidos, outros apenas citados, mas todos são exemplos bem ilustrativos da aplicação</p><p>deste princípio desenvolvido por Paulo. “Aquilo que eles ouviram, viram, receberam,</p><p>aprenderam, deveriam praticar. O discípulo é um seguidor do Mestre. Paulo apela para</p><p>serem seus imitadores como Ele era de Cristo. O modelo de Cristo não de Paulo, mas o</p><p>princípio do discipulado era o de se ter o mestre como guia.</p><p>Para Paulo, o objetivo do discipulado é:</p><p> Colossenses 1.9,10: conhecimento de Deus e sua vontade; vivência de modo digno do</p><p>Senhor; crescimento em maturidade na vivência; frutificar no testemunho e nas boas</p><p>obras; fortalecimento no poder de Deus; vida em ação de graças.</p><p>21</p><p> 2 Timóteo 3.10,11,14: o discípulo recebendo ensino, convivendo com o mestre e outros</p><p>discípulos, vivendo momentos comuns, permanecendo naquilo que tem recebido; tendo</p><p>o mesmo combate. Filipenses 1.30.</p><p> 1 Tessalonissenses 1.6-9: recebendo a Palavra, sendo imitador, tornando-se modelo,</p><p>testemunhando pela Palavra e vida, em toda a parte. É uma contribuição do ministério</p><p>do mestre ou discipulador. 2.13-16: acolhendo a Palavra que pelo poder de Deus opera</p><p>eficazmente neles, levando-os a testemunharem e viverem a fé. O fruto deste trabalho</p><p>resultará no desenvolvimento do princípio do discipulado junto aos companheiros de</p><p>Paulo.</p><p> Efésios 4.12-16: objetivo era de crescimento, aperfeiçoamento, capacitação dos santos</p><p>objetivando a comunhão, o amor com Cristo e uns com os outros, o desempenho do</p><p>serviço e da missão e a edificação do Corpo de Cristo. Aqui está a finalidade do ensino</p><p>e pregação da Igreja.</p><p> 2 Timóteo 2.1-3: aqui temos bem claro o princípio do discipulado desenvolvido em</p><p>Paulo. “O que de minha parte ouviste... transmite a homens fiéis e também idôneos para</p><p>instruir a outros. É um processo contínuo que não pára: o discípulo faz discípulo. Paulo</p><p>faz de Timóteo o seu discípulo e Timóteo por sua parte deverá desenvolver o</p><p>discipulado junto a outras pessoas, que por sua vez desenvolverão o discipulado junto a</p><p>outras pessoas e assim sucessivamente. Esta é uma ilustração objetiva prática do</p><p>mandamento de Jesus e da vivência da Igreja Primitiva.</p><p> Os discípulos em sua vivência comum deveriam:</p><p> Colossenses 3.13: suportarem uns aos outros e serem suporte uns dos outros.</p><p> Gálatas 6.2: levarem as cargas uns dos outros.</p><p> Gálatas 3.17-23: Tudo o que pensar, fazer, realizar e nome e no espírito do Senhor</p><p>Jesus.</p><p> Efésios 4.32: Ter uma vivência em benignidade, compaixão, perdão e amor.</p><p> Colossenses 3.16: Permitir habitar em si ricamente a Palavra de Cristo. Ter uma</p><p>vivência onde a comunhão, o compartilhar, o crescimento e o louvor existam.</p><p>Básico: amar, servir, não ser maior do que o Mestre</p><p>Estudo 1</p><p>Jesus e seus discípulos</p><p>O discipulado cristão</p><p>Obs.: Este estudo orientado serve tanto para ser usado no sentido pessoal ou em grupo. Leia</p><p>com atenção a orientação, consulte sua Bíblia e preencha os espaços vazios.</p><p>1. Uma das primeiras preocupações de Jesus o de formar seu discipulado. Veja Mt 4.18-</p><p>22; 10.1; Lc. 6.12-16. O que lhe chamou atenção nestes textos?</p><p>22</p><p>2. Mt. 5.1,2; 11.1; 10.5; 16.24; 16.13-16. Estes textos falam da convivência e dos</p><p>momentos em que Jesus ensinava e orientava os seus discípulos. Constantemente Ele</p><p>estava com os discípulos. Cite outros textos em que Jesus está juntos dos discípulos.</p><p>3. Existiam algumas características fundamentais que deveriam existir no discípulos do</p><p>Senhor. Leia os textos seguintes e anote algumas destas características: Mt. 10.24,25,</p><p>16.24,25; Jo. 8.31; 13.12-17, 34-35; 15.8. Que outras características deveriam ter?</p><p>4. Jesus conviveu intimamente com o seus discípulo. Ele viveu seus momentos mais</p><p>importante e decisivos com os 12. Consulte os Evangelhos e verifique quais seriam</p><p>estes momentos importantes vividos por Jesus ao lado de seus discípulos ou de um</p><p>pequeno grupo deles. Exemplo ilustrativo: Mt. 26.17-19</p><p>5. Estava bem claro na mente de Jesus o fato que sua obra seria continuada através de seus</p><p>discípulos e da comunidade da Igreja. O envio à missão e a delegação de</p><p>responsabilidade missionária aos discípulos não foram acontecimentos ocorridos apenas</p><p>posteriormente à ascensão de Jesus. Mesmo durante o seu ministério Cristo deu aos</p><p>discípulos certas responsabilidades e atribuições. Veja algumas: Mateus 21.6; Mc. 11.1;</p><p>Jo 4.1,2; Mc 6.7-13; Lc 9.1-6; 10.1-12. Haveriam outras?</p><p>6. Tenhas uma visão bíblica global da vivência do discipulado com Jesus. Verifique o</p><p>texto e anote à sua frente o fato ou significado:</p><p>Mc. 3.17:</p><p>Mc 9.31</p><p>Lc. 19.37</p><p>Jo. 2.2</p><p>Mc. 1.16-18</p><p>Jo. 13.5</p><p>Jo 20.26</p><p>Jo 19.27</p><p>Jo 21.24</p><p>Mc 7.17</p><p>Lc 9.17</p><p>Jo 1.17</p><p>Jo 2.11</p><p>Jo 6.66</p><p>Jo 20.3</p><p>Jo 21.1</p><p>Jo 21.14</p><p>Jo 20.30</p><p>7. Procure interpretar e descrever cm suas próprias palavras o que está em Mateus 28.18-</p><p>20.</p><p>23</p><p>Quando o estudo for realizado em grupo o líder deverá orientar o compartilhar de cada um,</p><p>focalizando as questões acima.</p><p>APÊNDICE II</p><p>Uma Visão à Luz da [História e Tradição Metodista]</p><p>1. Tem havido a afirmação de que há uma relação direta entre o discipulado e</p><p>a tradição Wesleyana.</p><p>2. Wesley vivenciou esta experiência na Igreja Anglicana e junto dos</p><p>moravianos. Com a evolução do movimento metodista ele ampliou a</p><p>compreensão, o significado, a configuração, a praticidade e a objetividade</p><p>desses grupos. Ex. Universidade, Clube Santo.</p><p>3. Miguez Bonino fala em termos da “eclesiola in eclesia”. Pequenas</p><p>comunidades dentro da Igreja, sem descaracterizar esta. Ele sugere o</p><p>retorno a essa vivência em nossas comunidades.</p><p>4. Dr. David Lowes Watson estuda e avalia esta questão fala em tornar a</p><p>“eclesiola” aberta e flexível, permitindo a formação de sociedades e grupos</p><p>de discipulados dentro da Igreja, utilizando os “meios de graça” que</p><p>oferece a Eclesia e toda a criatividade, disciplina e efetividade que</p><p>possibilita a Ecclesiola. Seria uma espiritualidade vivida junto e no meio da</p><p>vida.</p><p>5. As reuniões de Classes respondem inicialmente à questão de “como</p><p>atender às necessidades concretas de tanta gente que aceitava o</p><p>evangelho...; como ajuda-las a crescer na fé, alcançando a maturidade;</p><p>como leva-las a uma obediência evangélica? No fundo existe um conceito</p><p>teológico fundamental: “A justificação pela fé não pode separar-se da</p><p>santificação”. Ao estabelecer as regras gerais procura aplicar o Evangelho</p><p>a todos os aspectos da vida. É a vivência da fé através da graça divina.</p><p>Wesley estabeleceu os “meios de graça” com o objetivo de alimentar a fé e</p><p>lava-la a expressar-se através da obediência evangélica.</p><p>6. Junto com esta visão está a que cristãos que vivem e compartilham</p><p>mutuamente a fé alcançam melhor e mais objetivamente aquilo que</p><p>buscam. Assim, apóiam-se uns aos outros, velam um pelo outro, levam os</p><p>fardos uns dos outros, vivenciando os princípios bíblicos presentes na</p><p>comunidade da fé.</p><p>24</p><p>O Desenvolvimento</p><p>Muitos metodistas têm crido e praticada a herança que nos vem das sociedades</p><p>metodistas originárias de João Wesley. Essa prática nos leva ao modelo das</p><p>“classes”.</p><p>As “classes”eram reuniões semanais e formavam uma subdivisão das</p><p>sociedades. Nessas reuniões os membros relatavam a respeito do seu</p><p>discipulado, de suas vidas e dificuldades. Juntos os membros procuravam</p><p>sustentar-se uns aos outros através do testemunho. Wesley considerou isso</p><p>como os “Tenedões de sustenções do movimento metodista”. Velavam-se uns</p><p>aos outros. Através do amor.</p><p>Liderados por um leigo e supervisionado por um “pregador local” as pessoas</p><p>que participavam das classes compartilhavam a sua fé e dificuldades, viviam a</p><p>fraternidade, testificavam sobre o seu relacionamento com Deus, através de</p><p>Cristo; recebiam instruções, estimulavam-se na vivência da disciplina,</p><p>prestavam contas a respeito de sua vivência evangélica, oravam uns pelos</p><p>outros...Aqui encontramos o gênio do movimento metodista nos dias de</p><p>Wesley, além de uma das maiores contribuições trazidas para a Igreja</p><p>Contempôranea. Isso fez diferença entre o movimento Wesleyano e outros de</p><p>sua época.</p><p>“As reuniões de classes era o lugar onde as pessoas chegavam a compartilhar</p><p>as lesões e as feridas obtidas no encontro com o mundo; o lugar onde</p><p>alcançavam conforto e fortalecimento uns dos outros e o lugar onde proviam</p><p>uma mútua prestação de contas com respeito à tarefa que tinham nas mãos.</p><p>Tudo isso nos leva a verificar a “vitalidade encontrada nesses grupos. Wesley</p><p>através deles forjou de forma prática a tensão entre o homem como teólogo da</p><p>Igreja, interessado na sua tradição cristã e o homem como eclesiástico prático</p><p>no campo da ação, espalhando e Evangelho e edificando a fé das pessoas que</p><p>respondiam à mensagem proclamadora.</p><p>Wesley sempre preocupou-se em enfatizar que a forma de ser da Igrejas em</p><p>sociedades, classes ou bandas (bands) não descaracterizava a unidade da</p><p>Igreja. Tudo era visto como algo “dentro da igreja” e não fora dela.</p><p>A grande preocupação básica de Wesley era a da vivência do Discipulado. O</p><p>caminho do discipulado através da Graça. Nesse sentido ele buscava levar as</p><p>pessoas no caminho da maturidade cristã, ao mesmo tempo em que capacitava</p><p>25</p><p>os féis visando desenvolver o discipulado no mundo. O Caminho do</p><p>discipulado era o vivenciar a obediência para com Deus através da prática do</p><p>amor. A forma usada para alcançar esse objetivo era o de reunir-se</p><p>semanalmente. Esses momentos de comunhão, obediências, avaliação e</p><p>prestação de contas ele denominou de “meios prudenciais da graça”, através</p><p>dos quais estavam as disciplinas pessoais, as formas de confraternização e</p><p>outro mais. Pessoas interessadas no Evangelho, novos convertidos e cristãos</p><p>na busca do aperfeiçoando eram colocados nas classes. Essas classes foram</p><p>denominadas como o “motor do movimento metodista”.</p><p>UM POUCO DE HISTÓRIA</p><p>A reunião de classes foi adotada como a estrutura básica do metodismo.</p><p>Temos referência ao seu início em fevereiro de 1742, através de um</p><p>marinheiro Judeu (Capitão Foy) que buscou o recolhimento de “um centavo</p><p>semanal” visando apoiar os que tinham dívidas. Cada classe funcionava em</p><p>torno de 10 pessoas, tendo um líder que a conduzia. Com o seu</p><p>desenvolvimento esse forma de ser demonstrou o ser o que era necessário para</p><p>impulsionar o discipulado entre os membros de uma sociedade.</p><p>No mesmo contexto das classes existiam as “bandas” – (bands), que</p><p>continuaram a funcionar beneficiando a quem necessitava a um processo mais</p><p>íntimo de comunhão e crescimento. As bandas eram divididas segundo o</p><p>modelo morávio: idade, sexo, estado civil... As classes eram divididas de</p><p>acordo com o lugar em que os membros e o líder residia. Homens, mulheres,</p><p>anciãos, casados, solteiro, jovens de todos pertenciam às classes onde</p><p>moravam.</p><p>O líder de Classe</p><p>Eles eram elementos cruciais na linha de autoridade e comunicações. Wesley</p><p>era quem os nomeava. Esses líderes reuniam-se semanalmente com um</p><p>pregador local indicado por Wesley. As sociedades reconheciam os seus</p><p>líderes através do seu modo de ser, seus dons e seus frutos. Nos encontros</p><p>semanais além das informações prestadas sobre as suas classes os líderes</p><p>recebiam conselhos, informações e orientaçao. Discernimento espiritual e</p><p>disciplinam eram aspectos valorizados por Wesley em seus líderes.</p><p>26</p><p>Os líderes opinavam a respeito de quem deveria entrar para o grupo. As</p><p>Regras Gerais – a – Fazer o bem; b- Não fazer o mal; c- Cumprir as</p><p>ordenanças divinas – tornavam-se um guia orientador para o líder junto das</p><p>classes. A Comunidade primitiva wesleyana vivenciava dinamicamente os</p><p>“atos de piedade”e as “obras de misericórdia”.</p><p>O desenvolvimento das classes prévia ir além do que um mero formalismo. A</p><p>catequese era um princípio a ser desenvolvido. Perguntas e respostas eram</p><p>usadas. As reuniões começavam com orações, cânticos tendo em seguida</p><p>momentos de informação e avaliação quanto ao cumprimento das regras gerais</p><p>e a vivência do discipulado. Confraternidade e companheirismo deveriam</p><p>existir entre todos nesta caminhada visando a maturidade cristã.</p><p>Nas bandas (grupos menores) esses objetivos eram buscando mais</p><p>intensamente. Aqui o intercâmbio era mais informal e a intimidade mais</p><p>profunda.</p><p>Todos os membros da organização metodista reuniam-se nas bandas ou nas</p><p>classes semanalmente. Todos os tipos de pessoas ocupando as classes sociais</p><p>as mais diversas (trabalhadores, dona de casa, empregados, servos,</p><p>desocupados, agricultores, artesões, pequenos comerciantes) estavam juntos</p><p>na vivência dessa espiritualidade.</p><p>MESMO QUE DE FORMA RESUMIDA temos um visão da importância e do</p><p>lugar que os “pequenos grupos” tiveram nos primórdios das comunidades</p><p>metodistas.</p><p>Ao tratar de “discipulado”, células, grupos familiares, reuniões de grupos e</p><p>outros semelhantes muitas pessoas têm enfatizado o papel e a grande</p><p>contribuição dada pelo metodismo wesleyano. Nesse momento em que se</p><p>procura estrutura o Movimento do Discipulado na Igreja Metodista é</p><p>fundamental conhecer-se e avaliar-se o lugar que as Sociedades, as classes e</p><p>as Bandas tiveram no metodismo primitivo. Partindo das fundamentações</p><p>bíblicas e seguindo a trilha da história podemos estabelecer, de forma</p><p>adequada, esse Programa na Igreja hoje. Esse estabelecimento tem origem na</p><p>convicção de que essa forma de Ser é um aspecto fundamental para a vivência</p><p>de nossas comunidades de fé. O motivo que leva o Colégio Episcopal a</p><p>valorizar essa caminhada está antes e acima de movimentos surgidos em nossa</p><p>época, dentre os quais pode-se citar o G-12.</p><p>27</p><p>Somos levados a meditar e responder:</p><p>“O Contexto vivido pelo movimento metodista continua oferecendo à Igreja</p><p>de hoje um paradigma para o Discipulado?”</p><p>Somos desafiados a viver os valores, os princípios e a prática que nossos</p><p>antepassados viveram. Isso significa reunirmos em pequenos grupos (10-12</p><p>pessoas) visando compartilhar a fé, acolher uns aos outros, partilhar a respeito</p><p>do nosso testemunho, confessar as nossas fragilidades, aprimorar e aprofundar</p><p>o nosso discipulado, estudar a Palavra, orar mutuamente, louvar, adorar e</p><p>servir. Resumindo: Viver mais plenamente conosco mesmos e entre nós os</p><p>atos de Piedade e as obras de Misericórdia. Para nós hoje, tudo o que vimos,</p><p>significa vivenciar um Estilo de Vida Evangélico, sob a ação da Graça Divina</p><p>e a inspiração e sustentação do Espírito Santo.</p><p>APÊNDICE III</p><p>DEFINIÇÃO TEOLÓGICA DO DISCIPULADO</p><p>O formando Saulo José de Souza, em sua monografia: “O discipulado como um meio de</p><p>crescimento qualitativo e quantitativo para a Igreja” – (2002) agrupou algumas definições</p><p>conforme segue:</p><p>A - Discípulo é o aluno que aprende as palavras, os atos e o estilo de vida de seu mestre,</p><p>com a finalidade de ensinar a outros. Keith Phillip, A formação de um Discípulo. Ed. Vida,</p><p>1983. SP.</p><p>B - Discípulo é muito mais que ser um cristrão, um mebro do Reino de Deus. Consiste</p><p>em servi-lo como um escravo. Juan Carlos Ortiz ( O Discipulo.Ed. Betânia. Venda Nova.</p><p>1980). Há aqui a visão de discípulo como um servo . Surge aqui uma relação entre o</p><p>discípulo e mestre fundada no serviço. Jesus m esmo disse: Servir tal como o Filho do</p><p>homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de</p><p>muitos -;Mt. 20.28 e “...Maior é quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem</p><p>está à mesa? Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve”. Lc. 22.;27.</p><p>C – “Um discípulo é uma pessoa cujo compromisso principal na vida é seguir o seu mestre,</p><p>desenvolver-se para ser como seu mestre, e fazer a vontade do seu mestre.”- Kornfimeld,</p><p>David. E. “As bases para a formação de Discipuladores.SP. Ed. Sepal, 1996, pg.25. Jesus</p><p>28</p><p>expressou em seu ministério os seus ensinamentos e o estilo de vida que desejou impregnar</p><p>aos seus discípulos.</p><p>D – Ser discípulo é tornar-se parecido com o Mestre”. Em Mt. 10.25, Jesus afirma: Basta ao</p><p>discípulo ser como o seu mestre. Evans, Tony, Discipulado Dinâmico,SP. Ed. Vida, 1997.</p><p>De certa forma, afirma Saulo em sua monografia, “todas essas especificidades estão</p><p>presentes apontando uma mesma direção. Destacamos as seguintes: seguir, aprender,</p><p>imitar, servir, compromisso, mordomia, compartilhar, ensinar, doar, desenvolver-se,</p><p>continuidade... Acima de tudo, quando falamos em discipulado</p><p>falamos de “um relacionamento que é construído num ambiente de partilhar, de troca de</p><p>experiência de vida...buscando um crescimento e aperfeiçoamento cujo objetivo é levar ao</p><p>discípulo a experimentar uma certa maturidade. Evans afirma: “Discipulado é aquele</p><p>processo de desenvolvimento da igreja local que progressivamente conduz os cristãos da</p><p>infância para a maturidade espiritual, de tal maneira que se tornam capazes de repetir o</p><p>processo com outra pessoa. “(pg. 14). Esse processo de crescimento é dinâmico, contínuo</p><p>e progressivo.</p><p>Ele só pode ser construído num contexto de partilha, de comunhão, de relacionamento que</p><p>permite haver no meio dos irmãos confiança, amor, e entrega.. Ortiz afirma que “</p><p>discipulado não é comunicação de conhecimento, mas comunicação de vida “(Ser e Fazer</p><p>discípulo. Loyola,1990.pg.68). Ao avaliar o discipulado em Jesus vemos que ele foi</p><p>marcado por um clima de relacionamento que buscava levar todos à vida que havia nEle..</p><p>Aqui o discipulado torna-se um processo que busca alcançar a perfeição cristã. Um</p><p>processo de aprendizagem, vivência, comunhão, crescimento, submissão e obediência.</p><p>Evans afirma que é “no processo do discipulado que o crente desenvolve a sua experiência</p><p>com Cristo e cresce na fé”. (10).</p><p>Segundo o bispo Josué Adam Lazier o “Discipulado implica no envio para a vivência de</p><p>um estilo de vida e para o pastoreio do povo de Deus, bem como o serviço através dos dons</p><p>e ministérios.” (A Igreja de Mateus, Diálogo Pastoral, IV R.E.. BH. N.10,Outubro de</p><p>1999). Lendo diversos textos do Bispo Josué sobre o tema , o formando Saulo afirma:</p><p>“O discipulado deve ser uma relação de amor, justiça e respeito ao próximo. Nesse</p><p>processo de vivência é necessário cultivar a prática da piedade e também os atos de</p><p>misericórdia. Tudo deve ser feito como gesto de amor e gratidão a Deus por sua infinita</p><p>graça expressos em atos de amor ao próximo”.</p><p>Voltando um pouco no tempo, seria importante recordar aspectos significativos do</p><p>Discipulado presentes em Dietrich Banhoeffer, teólogo alemão, morto no campo de</p><p>concentração, na primeira metade do século passado Para ele, o discipulado é, acima de um</p><p>método,. uma “condição de vida” que a pessoa passa a ter. Nesse discipulado encontramos</p><p>a razão de ser do nosso viver – o viver em Cristo, com Cristo e por Cristo. Ao refletir</p><p>sobre o discipulado ele usa as idéias de “graça preciosa” e “graça barata”. Essa última é</p><p>que mais tem caracterizado o discipulado moderno... oferecemos ao mundo e ao pecador</p><p>uma graça que não justifica ..., não se compromete... um a graça sem um discipulado</p><p>comprometido com a cruz, o esvaziamento, o sujeitar-se a Cristo. A verdadeira graça –</p><p>“preciosa” – está comprometida com a vida, as pessoas e o mundo. Tem um alto custo,</p><p>29</p><p>conforme houve no seu Senhor. Requer renúncia, sofrimento, perda e não meramente lucro</p><p>e vitórias como hoje se vê.</p><p>Definindo-se sobre a natureza dos pequenos grupos, a sua diferenciação em relação ao</p><p>agrupamento eclesial conduzido por um pastor, Ed René Kivits, pastor da Igreja Batista da</p><p>Água Branca em São Paulo, afirma em seu livro: “Manual para líderes de pequenos</p><p>grupos?”Abba Press,1994. SP. Pg.27:” Há, pelo menos , tres bons argumentos bíblicos para</p><p>este conceito (pastorear em agrupamentos humanos). O primeiro é que a solidariedade é</p><p>marca distintiva do estilo de vida cristão, e não apenas do estilo de vida dos pastores da</p><p>igreja. Amar ao próximo com a si mesmo, chorar com os que choram (Lc.10.25-27; Rm.</p><p>12.14;13.8) é característica de gente cheia do Espírito, que já foi liberta do egoísmo. Em</p><p>segundo lugar, o apóstolo Paulo ensina que admoestar os insubordinados, consolar os</p><p>desanimados e amparar os fracos é tarefa de todos os cristãos (I Ts. 5.14). Essas coisas são</p><p>uma contingência de se viver na família de Deus. Finalmente, a listagem dos chamados</p><p>“mandamentos recíprocos” não deixa qualquer dúvida sobre a proposta de Deus para o</p><p>cuidado do rebanho. Alguns dizem que são 27 os mandamentos recíprocos ins aos outros:</p><p>levar as cargas, aconselhar, ensinar, exortar, orar, são expressões que definbem o ministério</p><p>pastoral , tanto da igreja quanto do pastor da igreja”.</p><p>Christian A Schawartz afirma em seu livro “O Desenvolvimento Natural da Igreja”, Ed.</p><p>Evangélica Esperança,Curitiba, 1996,pg.22-23 :” Os líderes de Igrejas que crescem</p><p>concentram os seus esforços em capacitar outras pessoas para o ministério. Eles não usam</p><p>os seus colaboradores como “ajudantes pra alcançar os seus próprios objetivos em</p><p>implantar sua visão. Pelo contrário, a pirâmide de autoridade é invertida: os líderes ajudam</p><p>a cada cristão a chegar à medida de plenitude intencionada por Deus para cada um; eles</p><p>capacitam, apoiam, motivam, acompanham a todos individualmente para que se tornem</p><p>aquilo que Deus tem em mente.”</p><p>APÊNDICE IV</p><p>ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O DISCIPULADO</p><p>Como sinônimo aos grupos do Discipulado temos encontrado em atividades nas igrejas</p><p>locais de várias denominações evangélicas: células, células familiares, grupos, grupos</p><p>familiares, grupos ECO – Estudar, Compartilhar e Orar, Pequenos grupos, Grupos de</p><p>discipulado.</p><p>Marcos Rodrigues Lima, formando do ano 2000 da Faculdade de Teologia, desenvolveu a</p><p>sua monografia trabalhando a questão dos Grupos Familiares. Ao tratar considerações a</p><p>respeito da importância desses grupos, dos motivos por que esses grupo falham e dos</p><p>30</p><p>perigos que eles enfrentam, usando fundamentações estabelecidas por David Kornfield,</p><p>Gedimar de Araújo, Ed René Kivitz e outros em livros que consideram o assunto</p><p>desenvolveu a temática considerando o seguinte,</p><p>IMPORTÂNCIA DO GRUPOS FAMILIARES (DE DISCIPULADO)</p><p>1 . Geração de envolvimento pessoal abrangendo a maioria das pessoas que participam da</p><p>comunidade local. Esse contato em grupos possibilita mais convivência e evita a</p><p>despersonalização. Aqui o anonimato desaparece. Torna-se uma forma de vivenciar o</p><p>Sacerdócio Universal de todos os crentes.</p><p>2 . Propicia mais intimidade e comunhão. Na vivência dos grupos possibilita-se uma maior</p><p>convivência entre os seus membros gerando conseqüentemente o fortalecimento dos laços</p><p>de amizade.</p><p>3 . Geração de Evangelização . O fato dos grupos estarem presentes em casas e locais</p><p>diversos abre espaço para uma maior participação de familiares e amigos. Por outro lado</p><p>com a abertura às pessoas espaços de testemunhos e experiências vivenciadas com o</p><p>Evangelho motiva-se mais as pessoas a uma aproximação e consequente acolhimento de</p><p>Cristo.</p><p>4. possibilita a Integração de pessoas. O conhecimento das pessoas e a convivência tida nos</p><p>grupos cria um melhor espaço de integração entre as pessoas.</p><p>5. gera uma forma mais dinâmica de Pastoreio, eliminando a sobrecarga que recai sobra</p><p>o(a) Pastor(a). A liderança forma com o pastor um grupo através do qual além da</p><p>convivência estabelece-se formas dinâmicas de pastoreio.</p><p>6. formação de novos lideres. Numa comunidade pequena estimula-se e identifica-se novos</p><p>líderes que, após treinamento, passam a integrar-se na dinâmica do discipulado.</p><p>7. Ajuda a Apoio mútuos surgem como resultado do melhor conhecimento e da maior</p><p>conviv~encia tida no grupo entre as pessoas. O grupo estimulado a vivenciar o Evangelho</p><p>através da comunhão uns com os outros e do apoio mútuo, levando-se no espérito de Cristo,</p><p>as cargas e os fardos uns dos outros.</p><p>8. Desafia e estimula a prática do Evangelho. Além do aprofundamento no conhecimento</p><p>da Palavra existe o estímulo para viver-se e praticar-se o Evangelho. Os encontros do grupo</p><p>cria possibilidade de partilha e mútuo enriquecimento através da prática evangélica em</p><p>todos os níveis da vida da pessoa e de seus relacionamentos.</p><p>Christian Schwartz afirma que “nos grupos familiares as pessoas podem encontrar atenção</p><p>humana, ajuda prática e intercâmbio espiritual intensivo, pois além do estudo bíblico eles</p><p>agregam impulsos bíblicos às indagações cotidianas dos indivíduos participantes”.</p><p>APÊNDICE V</p><p>POR QUÊ OS GRUPOS DE DISCIPULADO (FAMILIARES) FALHAM?</p><p>31</p><p>Nem sempre as experiências da vida e convivência os grupos familiares apresentam fatores</p><p>positivos. Podem existir elementos que podem inibir, atrapalhar ou impedir a alcance dos</p><p>objetivos buscados. Dentre eles citamos:</p><p> Falta de visão, participação e apoio pastoral. É fundamental ao pastor(a) a</p><p>estimulação, o acompanhamento e a supervisão pastoral junto da igreja, em</p><p>especial de sua liderança. O pastor deverá ter o seu grupo formado pelos líderes</p><p>dos outros agrupamentos.</p><p> Falta de experiência, vivência e iniciação de grupos de discipulado. A iniciação</p><p>dos grupos é fundamental. Muitas vezes na ausência destes inicia-se de forma</p><p>inadequada um grupo escolhendo pessoas sem critérios objetivos e adequados.</p><p>O melhor é iniciar-se um grupo com a liderança ou grupos que partilham da</p><p>ação pastoral da igreja (Clam).</p><p> Ausência eficaz de supervisão e carência de treinamento junto dos líderes. Falta</p><p>de acompanhamento, direção e reciclagem no treinamento da liderança pode</p><p>causar resultados inadequados e negativos. A formação e convivência com os</p><p>líderes é um processo contínuo. Reunir-se com essa liderança para a avaliação e</p><p>acompanhamento do funcionamento dos grupos e de seus resultados é algo</p><p>prioritário.</p><p> Carência de sentido de Missão. Grupos de discipulado não existem com um fim</p><p>centrado em si mesmos. Ele é parte da Missão definida pela Igreja e pela</p><p>comunidade local.</p><p> Pessoas “supercarentes” podem fragilizar e até destruir um grupo. Muitas vezes</p><p>pessoas com carências emocionais, espirituais e físicas carecem receber um</p><p>acompanhamento especial. Os grupos não estão preparados para isso e quando</p><p>busca ocupar-se demasiadamente com uma pessoa pode fragilizar-se.</p><p> Não acúmulo de responsabilidade junto da igreja local. Existem pessoas muito</p><p>atarefadas na vida da igreja e que não teriam condições de assumir mais uma</p><p>responsabilidade. Seria melhor escolher e formar líderes que não estejam</p><p>sobrecarregados. Da mesma forma, o estabelecimento d formação de grupos de</p><p>discipulado, se for algo de forma geral na comunidade, exigirá um</p><p>reescalonamento das reuniões, celebração e atividades junto da igreja local,</p><p>visando não ser mais um trabalho, prejudicando a si mesmo e as outras</p><p>realizações semanais.</p><p> Má seleção dos líderes. Tem faltado critérios que sejam estabelecidos e</p><p>respeitados ao selecionar-se e treinar-se os líderes. Nem sempre a antiga</p><p>liderança da igreja é a mais adequada para esse trabalho. Não se pode aqui</p><p>marginalizar pessoas e nem sobrecarregá-las. Uma seleção através de</p><p>prioridades, transparente e objetiva ajuda a comunidade local a acolher a</p><p>liderança e a participar do processo discipular.</p><p> Essas e outras situações poderão cooperar para falhas, fragilidades e menosprezo</p><p>na presença dos grupos de discipulados numa igreja local.</p><p>EQUÍVOCOS E PERIGOS POSSÍVEIS</p><p>32</p><p>Sempre, em qualquer atividade, corremos riscos e equívocos perigosos na sua implantação.</p><p>O pastor Ed René Kivits enumera alguns:</p><p>1. Os grupos que se fecham em si mesmos;</p><p>2. Quando os grupos começam a competir entre si e disputar qual é o melho;</p><p>3. Quando os grupos reivindicam autonomia em relação ao todo da igreja;</p><p>Poderíamos enumerar outros, tais como:</p><p>4. O exercer de domínio sobre grupos e pessoas através da igreja, de pastores e da</p><p>liderança. Isso pode provocar sérias divisões na comunidade local. O bispo</p><p>Josué adam Lazier através de uma carta pastoral sobre Discipulado elenca</p><p>alguns dos perigos que podem existir em nossas comunidades:</p><p>5. Negação das experiências tidas com Deus;</p><p>6. Indução por meio de música, repetições, sugestionamento e intimidação.</p><p>7. Discriminação na seleção de pessoas, tanto na participação bem como na</p><p>liderança do grupo.</p><p>8. A falta de partilha, de conhecimento e de divulgação do que tem acontecido nas</p><p>reuniões dos grupos. A proibição dessa partilha atrapalha e torna-se um</p><p>constante perigo para os grupos;</p><p>9. Uso de técnicas científicas e específicas a determinados profissionais por leigos</p><p>e pessoas não habilitadas. Como exemplo, técnicas de regressão, hipnotismo,</p><p>etc.</p><p>10. Questionamento, desintegração e menosprezo à denominação da qual participa.</p><p>Isso possibilita semear a indisciplina institucional e doutrinária.</p><p>11. Interpolação e doutrinas, princípios e filosofia incompatíveis com o Evangelho e</p><p>com a tradição metodista, vindas de outro movimentos e de filosofias orientais.</p><p>12. Personalismo e centralização de liderança criando dependências dos membros</p><p>do grupo para com o líder e, muitas vezes, um espírito de submissão indevida.</p><p>BIBLIOGRAFIA</p><p> Locckmann, Paulo, Efésios, Exodus, 1996;</p><p> Lockmann, Paulo, Filipenses, Exodus, 1996;</p><p> Lockmann, Paulo- Constantino, Zélia, “Seguir a Cristo”- Manual de</p><p>Discipulado, volI, Instituto Nennett, 1997;</p><p> Lockmann, Paulo- Constantino, Zélia- Amorim, Ronan B., “Seguir a Cristo”-</p><p>Manual de Discipulado, vol II, Instituto Bennett, 1999;</p><p> English, Donald, “Discipulado Cristão”, Imprensa Metodista, 1977;</p><p> English, Donald, “Para Tornar-se Discípulo- O Significado do Coração</p><p>Aquecido”- Imprensa Metodista, 1995;</p><p> Whitchead Jr, Brady B.- Ham, Howard M, “Passagens Bíblicas Favoritas, vol</p><p>I” , Imprensa Metodista, 1992;</p><p> Stokes, Marck B., “Para Falar com Deus”, Imprensa Metodista, 1995;</p><p> Foster, Richard J., “Celebração da disciplina”, Editora Vida;</p><p> Foster, Richard J., “Oração- O Refúgio da Alma”, Editora Cristã Unida, 1996;</p><p>33</p><p> Revista Kairós- “Estudos Bíblicos Pastorais”, nº 1, nº 2, nº 3;</p><p> Collemunn, Robert- “O Plano Mestre do Evangelismo”, Discipulado Kairós,</p><p>Ano I- nº 2- Outubro 1999, Bispo Josué Adam Lazier;</p><p> Lockmann, Paulo de Tarso, “O Caminho do Discipulado, De Jesus a Nós”,</p><p>Colégio Episcopal;</p><p> Fox, Edie e george Morris, Imprensa Metodista, “Anunciemos o Senhor” e</p><p>“Partilhar a Fé”;</p><p> Programa Companheirismo em Cristo, Junta de Discipulado, No Cenáculo,</p><p>EUA. Texto em brochura para o lider e o discípulo. Cinco semanas.</p><p> Gonzáles, Justo, Em La Escuela Del Espírito, um estudo em Atos dos</p><p>Apóstolos, Brochura experimental, Cinco estudos.</p><p> Séria Interações, Editora Vida, Bill Hybel. Temas: Relacionamentos, Amor,</p><p>Autenticidade, Casamento e Comunhão;</p><p> Série Andando com Deus. Ed. Vida. Temas Diversos a se definir.</p><p> O que uma pessoa metodista deve sabEr (ou sabe). Quinta Região Eclesiástica.</p><p> Watson, Discípulos Responsáveis, Resumo adaptado sobre o Discipulado no</p><p>Movimento Wesleyano, tradução do espanhol.</p><p> English, Donald- Para Tornar-se Discípulo- O Significado do Coraçao</p><p>Aquecido- Imprensa Metodista, 1995.</p>missaodeportaemportahttp://www.blogger.com/profile/10519191062987417924noreply@blogger.com0